Resumo

Este texto se propõe em responder ao seguinte problema: Qual o lugar teórico da corporeidade nas Ciências sociais? Para isso, especificamos o “olhar” teórico-metodológico da corporeidade sobre o modo De operar do corpo na cultura, distinguindo-o da perspectiva das “Técnicas Corporais” (1934), de Marcel Mauss, e prolongando-se da “Tecnologia do Eu”, de Michel Foucault (1983). As ações e inações Corporais são pensadas por aquilo que as move, força sexual em busca do prazer, conforme Freud (1905), em oposição aos códigos sociais impostos. O enfoque está na apreensão da capacidade de por A motricidade em movimento no interior da cultura.  No trabalho A cultura corporal burguesa (1998) Destacamos a cultura como um sistema de Representação ordenador que atua através da educação no corpo dos indivíduos regulamentando suas Ações. Essa regulamentação tem a finalidade de garantir uma certa homogeneidade no sistema social, Requisito necessário para tornar a vida social possível. E à educação cabe fazer a mediação entre os Valores sociais e o comportamento físico, intelectual e emocional dos indivíduos. Nesse trabalho, Esclarecemos que a educação não age apenas na introjeção ideológica, mas atua modelando as ações Do corpo. A educação imprime no corpo as exigências de uma dada sociedade. Chegamos a essa Conclusão analisando as primeiras sistematizações pedagógicas para a educação física, no século XIX. Nesse contexto, a instrução foi eleita como a única capaz de afirmar um Estado republicano, esculpir Uma conduta social capitalista e disciplinar um corpo desregrado. Então, para moldar esse corpo “mole