Resumo

Introdução: No início do Século XX, acontecia a primeira partida de futebol de mulheres no Brasil. A partir de então, o futebol feminino passou por diferentes períodos, atravessando obstáculos, preconceitos e até proibições. Cem anos depois do jogo de debute, a modalidade, entre as mulheres, tem flertado com ações afirmativas de entidades esportivas e, consequentemente, por avanços quanto à sua democratização. Objetivo: Nesse sentido, o objetivo deste estudo é realizar um mapeamento geográfico dos locais de nascimento das jogadoras participantes da Série A1 do Campeonato Brasileiro 2021, que será articulado com o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) das cinco regiões do país, para encontrar possíveis consequências desses avanços e desafios ainda a percorre. Metodologia: A realização dessa análise contou com uma abordagem quali-quantitativa, de cunho descritivo-exploratório e ocorreu a partir do nome, município e estado de nascimento das jogadoras, posteriormente separados por regiões, sendo utilizadas fontes primárias contemporâneas. Resultados: foram analisadas a origem geográfica das equipes participantes de todas as edições da Série A1 do Campeonato Brasileiro, desde sua primeira edição. O mapeamento, tanto entre os clubes, quanto entre as jogadoras, trouxe como resultado um predomínio significativo do Sudeste, região com maior número de habitantes, mais rica e também com o maior IDHM do país, cenário análogo a outras modalidades esportivas brasileiras. Conclusão: Esses resultados sugerem que o fomento e desenvolvimento do futebol não ocorrem de forma equalizada por todo o Brasil, abrindo espaço para análises referentes à democratização do acesso ao esporte. Ademais, apresenta algumas possíveis consequências das ações afirmativas de entidades esportivas, que são de extrema importância e devem ser acompanhadas com mais criticidade. 

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