Resumo

O presente estudo teve como objetivo testar, numa amostra de maratonistas brasileiros, a versão em português da adaptação da Escala de Dependência de Corrida proposta por Hailey e Bailey (1982). Métodos e resultados:59 maratonistas de uma equipe da cidade de São Paulo foram abordados e orientados a preencher a Escala de Dependência de Corrida (EDC). A amostra foi composta, na sua maior parte, por homens (72%) com média de 34 ± 7 anos, sendo que 77% corriam habitualmente havia cerca de dois a oito anos; 42,5% corriam de quatro a cinco vezes/semana e 81% dedicavam-se de uma a duas horas/dia em média para seus treinos. A média na pontuação total da EDC foi de 5 ± 2,5 pontos (escala 0-14 pontos). A correlação entre a pontuação total da EDC com cada uma das 23 questões que compõem o instrumento revelou que 10 questões apresentaram níveis de correlação significativos. As respostas positivas que apresentaram maior sensibilidade foram: "Sinto que me falta algo quando não corro" (r = 0,61); "A corrida tem influenciado meu estilo de vida" (r = 0,58) e "Experimento grande prazer quando corro" (r = 0,56). Conclusão: Observamos na amostra brasileira níveis médios de pontuação na escala semelhantes aos descritos pelos autores do instrumento original, sugerindo que a tradução não alterou a sensibilidade da escala e que este instrumento possa ser útil no estudo da dependência da prática de corrida (ou exercícios físicos) em desportistas brasileiros

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