Desenvolvimento de Um Método de Familiarização Individualizado Para Saltos Verticais
Por João Gustavo Claudino (Autor), Bruno Mezêncio (Autor), Rafael Soncin (Autor), Jacielle Carolina Ferreira (Autor), Pedro Frederico Valadão (Autor), Pollyana Pereira Takao (Autor), Roberto Bianco (Autor), Hamilton Rosche (Autor), Alberto Carlos Amadio (Autor), Júlio Cerca Serrão (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 19, n 5, 2013.
Resumo
OBJETIVO: Propor um método de familiarização individualizado para saltos verticais e verificar o seu efeito na variabilidade intrassujeito.
MÉTODOS: Cinquenta e três homes (média ± DP; idade 23,5 ± 3,3 anos; estatura 1,76 ± 0,08 m; massa 72,8 ± 8,6 kg; percentual de gordura 12,9 ± 5,2%) realizaram sucessivos saltos até atingir o nível de estabilidade proposto. Após 48 h este processo era repetido e a estabilidade entre dias era verificada, se necessário, mais sessões eram realizadas. O nível de estabilidade foi determinado por um teste z, com intervalo de confiança de 95%. Após o processo de familiarização, duas sessões experimentais adicionais foram realizadas para determinar a confiabilidade do desempenho no salto agachado (SA) e no salto com contramovimento (SCM). O coeficiente de variação e o erro padrão de medida foram determinados individualmente (CVi e EPMi). Um teste t pareado foi realizado para verificar diferenças no CVi e EPMi antes e depois do processo de familiarização.
RESULTADOS: O CVi apresentou uma redução significativa após o processo de familiarização (p < 0,001), alterando de 5,01 ± 2,40% para 2,95 ± 0,89% no SA e de 4,50 ± 2,19% para 2,58 ± 0,81% no SCM. O mesmo ocorreu para o EPMi variando de 1,29± 0,53 cm para 0,83 ± 0,25 cm no SA e de 1,35 ± 0,51 cm para 0,83 ± 0,26 cm no SCM.
CONCLUSÃO: o método de familiarização individualizado proposto reduziu significativamente a variação intrassujeito, permitindo maior poder estatístico em estudos experimentais e maior sensibilidade para ferramentas de monitoramento do desempenho.