Resumo

Este estudo verificou a validade de medidas referidas de peso e estatura para a determinação do estado nutricional de adolescentes. Participaram do estudo 641 escolares do ensino médio da cidade de Londrina-PR que referiram suas medidas de peso e estatura, e, em seguida, foram pesados em uma balança digital e medidos em um estadiômetro. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado e o estado nutricional foi determinado. Em média, o IMC obtido a partir das medidas referidas foi subestimado em ambos os sexos, sendo o grau de subestimação maior nas meninas comparadas aos meninos (0,44 e 0,24 kg/m2). Houve tendência de maior subestimação do IMC entre escolares com excesso de peso (P<0,001). Um terço das meninas com excesso de peso não foram classificadas como tal pelas medidas referidas. A prevalência de excesso de peso a partir das medidas referidas foi subestimada no sexo feminino em 2,5 pontos percentuais (10,9 vs 8,4; P<0,05). Conclui-se que medidas referidas de peso e estatura subestimam o IMC de adolescentes, podendo levar a um incorreto diagnóstico do estado nutricional, principalmente em adolescentes do sexo feminino e/ou com excesso de peso corporal.

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