Diálogos Atuais Sobre a Corporeidade na Educação Física e no Esporte

Por Manuel Pacheco Neto (Autor).

Parte de Educação Física e Esportes: Diálogos Atuais . páginas 91

Resumo

Sobre universos ... Sendo este um texto que tem como objetivo tratar da corporeidade na Educação Física e no esporte, cumpre começar a corporificá-lo situando-o no tempo presente, em que acaba de ser feita a divulgação1 dos nomes dos laureados com o Prêmio Nobel de Física de 2019. Dentre os pesquisadores distinguidos, consta o canadense James Peebles, da Universidade de Princeton (EUA), que, após mais de cinco décadas de estudos envolvendo a astrofísica e a cosmologia2, demonstrou que conhecemos muito menos do que imaginávamos sobre o universo. Senão, vejamos3:

Seus resultados nos mostraram um Universo no qual apenas 5% de seu conteúdo é conhecido, ou seja, a matéria que constitui estrelas, planetas, árvores – e nós, claro. Os 95% restantes são formados pelas desconhecidas matéria escura e energia escura.

De posse deste conhecimento, o ser humano percebe-se não como um grão de areia, mas como menos que uma partícula infinitesimal de poeira, uma microscópica forma de vida na amplidão ou, melhor dizendo, na incomensurabilidade do universo. No entanto, esse ser pouquíssimo significativo – neste caso, em termos de ocupação espacial – detém um universo dentro de si. Quanto a isso, sua corporeidade não deixa margem para dúvidas. Vejamos essas palavras: