Diferenças no Número Total de Repetições Entre Métodos de Treinamento de Força com Séries Contínuas e Séries Agrupadas em Sujeitos Treinados
Por Enrico Gori Soares (Autor), Gustavo Zorzi Fioravante (Autor), Felipe Alves Brigatto (Autor), Josinaldo Jarbas da Silva (Autor), Roberto Aparecido Magalhaes (Autor), Marcelo Massatoshi Senaga Miyatake (Autor), Fábio Sisconeto de Freitas (Autor), Willy Andrade Gomes (Autor), Paulo Henrique Marchetti (Autor).
Em 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom
Resumo
Introdução: A utilização de métodos que combinam variações de exercícios e séries é comum na prática do treinamento de força. Realizar séries contínuas para o mesmo exercício pode causar uma progressiva redução no número total de repetições, por outro lado, alternar exercícios em grupos de séries pode minimizar tal efeito. Objetivo: Comparar o número de repetições totais entre os métodos de treinamento de força com séries contínuas e agrupadas para flexores e extensores de cotovelo em sujeitos treinados. Métodos: Os procedimentos experimentais foram realizados em três sessões. A primeira sessão serviu de familiarização e determinação 10RM no exercício rosca de bíceps (RB) e extensão de tríceps (ET), ambos realizados na polia. A segunda e terceira sessões foram aleatorizadas. Na sessão de séries contínuas, 8 séries de 10RM para cada exercício foram realizadas. Na sessão de séries agrupadas os exercícios foram alternados a cada 4 séries até que 8 séries com 10RM fossem realizadas. Um intervalo de 2 minutos entre séries e exercícios foi adotado. Uma ANOVA (2x8) medidas repetidas com os fatores condição e série comparou o número de repetições em cada exercício. Um post-hoc de Bonferroni foi utilizado quando necessário adotando um alfa de 5%. Resultados: Foi verificada uma progressiva redução no número de repetições na sessão contínua para ambos os exercícios. Para a sessão agrupada foi verificada uma progressiva redução no número de repetições até a quarta série. Entretanto, foram realizadas mais repetições na quinta série do exercício RB, assim como, na quinta e sexta série do exercício ET. Desta forma, foi verificado maior número de repetições totais para ambos os exercícios na condição agrupada. Para o exercício rosca de bíceps na polia: Séries Contínuas 53±7 repetições; Séries Agrupadas 60±7 repetições (P<0,001; TE=1,0 [moderado efeito]; Δ%=11,6%). Para o exercício tríceps na polia: Séries Contínuas 59±8 repetições; Séries Agrupadas 65±8 repetições (P<0,001; TE=0,75 [pequeno efeito]; Δ%=9,2%). Conclusão: O método de treinamento de força com séries agrupadas apresentou maior numero de repetições totais para os flexores e extensores do cotovelo em comparação com a condição de séries contínuas.