Resumo

O presente estudo tem por objeto a Formação de Professores. Nesta pesquisa desenvolvemos especificamente uma investigação sobre a divisão social do trabalho e a alienação na formação de professores de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS), considerando o Estágio Supervisionado e a Prática de Ensino enquanto síntese dialética dos projetos de formação de professores de Educação Física em disputa. Para sua realização desenvolvemos uma problemática que considera que a alienação do trabalho do professor tem por base concreta a divisão social do trabalho e a propriedade privada dos meios de produção e que tal divisão tem como uma de suas expressões nos cursos de formação de professores a dicotomia entre teoria e prática. Além disso, consideramos que tal divisão estabelece contradições, tais como qualificar X desqualificar, emancipar X alienar, que implicam em perceber o espaço da formação de professores tensionado por distintos projetos em disputa. A partir disso, questionamos: como se apresentam essas contradições no ordenamento legal e na proposta concreta de formação de professores de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe, tomando como espaço concreto de materialização da divisão social do trabalho no currículo o Estágio Supervisionado e a Prática de Ensino, e quais as possibilidades de superação? Realizamos uma pesquisa bibliográfica e documental a partir da referência do materialismo histórico dialético, apresentando como objetivo geral: contribuir para a reconceptualização dos currículos dos cursos de formação de professores de Educação Física, tendo a Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado como eixos articuladores da organização curricular e essenciais mediadores da formação docente. As hipóteses formuladas foram confirmadas, evidenciando que as contradições apresentadas em nossa problemática materializaram-se essencialmente na dicotomia entre teoria e prática e que o Estágio Supervisionado e Prática de Ensino podem objetivar-se como articuladores do currículo se presentes desde o princípio da formação acadêmica e tomados a partir da referência do trabalho como princípio educativo. Por fim, articuladas as nossas conclusões defendemos a construção de uma formação transitória no campo da formação de professores a partir da referência da omnilateralidade.

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