Editora CRV. Brasil 2016. 184 páginas.

Sobre

Nossas alegrias e tristezas, nossos medos e coragens, nossas dores e alívios, nossas fomes e saciedades, nossas possessões e sublimações, nossas patologias e nossas curas, todas, invariavelmente, se consubstanciam inexoravelmente pela nossa condição corporal. Nesse sentido, considerando a fluidez e volatilidade moderna das orientações, normas e valores balizadores das condutas e dos sentidos do viver, o corpo tem emergido como território ou símbolo de saberes e poderes. Símbolos e poderes com versões e contraversões, movendo-se vigorosamente no seio da diversidade humana, portanto, na desigualdade e nas potencialidades das corporeidades masculinas e femininas, dos extratos sociais populares e de elite, nas “liturgias” étnicas e raciais. Na liquidez do mundo atual, a emergência das práticas e técnicas corporais podem ter, subliminar e inconscientemente, anseios diversos na busca por uma ancoragem com a vida simbólica nessa jornada que chamamos de Vida!
Destarte, ousamos de forma impertinente, sugerir que muito além dos “dogmas” do materialismo, do consumismo e da competitividade liberal, a corporeidade é uma das mais importantes mitologias do nosso tempo e das cenas contemporâneas.
Portanto, os trabalhos expressos neste livro podem ser tomados como propostas de conversações independentes sobre o corpo tanto nas suas dimensões institucionais (esporte, lazer, cultura, educação etc.) como nos diferentes ciclos e “estações da vida” (infância, adolescência, adultescência, velhice e gozando da saúde). Nessa mesma direção, estamos convictos da importância em se pensar uma pedagogia das corporeidades, a partir e sobre as que nos permitem viver e conviver nesse mundo demasiadamente humano.

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