Educação física, currículo e ferramentas tecnológicas: o uso responsável e eficiente olhando para o futuro
Por Natália Kohatsu Quintilio (Autor), Katia Rubio (Autor), Sérgio Oliveira dos Santos (Autor).
Em XIX Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Com a migração do ensino presencial para a educação remota emergencial (ERE) devido à pandemia do coronavírus, em São Caetano do Sul, SP, para que o currículo pudesse ser contemplado, foram produzidas Sequências Didáticas (SDs), as quais contemplavam conteúdos para o ensino fundamental I e II, de forma temática e a partir dos objetos de conhecimento e objetivos de aprendizado oriundos do currículo municipal. Especialmente para a Educação Física (EF), foi notório o avanço da sistematização do conhecimento e do uso da tecnologia em prol da disciplina. A orientação curricular da EF se dá a partir de cartografias, provenientes da ideia de rizoma de Deleuze e Guattari, estruturadas em 3 blocos de experiência: I - de caráter lúdico, agonístico, expressivo e sinérgico (jogos, esportes e brincadeiras); II - de caráter lúdico, sinérgico, estético e apreciativo (ginásticas, lutas, danças, atividades rítmicas e circenses) e III - Unidades de Estudo - para apropriação e potencialização do sentido da ação, transposição de linguagens, tomada de consciência e associação de valores. Desta forma, avistou-se a oportunidade de integrar as SDs às cartografias, disponibilizando material de orientação e estudo para potencializar as aulas de EF e, assim, revelar uma proposta de organização, apresentação e utilização do currículo em forma de cartografia mediada por recursos tecnológicos, sendo este o objetivo do trabalho. A metodologia é a investigação/ação e organiza-se em quatro etapas: 1) Vincular as SDs com as cartografias; 2) Tornar as cartografias digitalmente acessíveis para auxiliar na elaboração dos planos de ensino e referenciar a criação do percurso didático; 3) Integrar as SDs acessadas pelas cartografias às experiências das aulas desenvolvidas nas escolas; 4) Fomentar a cartografia com novas produções de SDs e relatos de experiências. A aceitação dos docentes é favorável com relação às cartografias e aos avanços das etapas 1 e 2 da metodologia. As etapas 3 e 4 seguem como desafios devido à ausência de tempo para a administração das SDs e das experiências realizadas em aula; pela dificuldade em propor atividades relacionadas ao Bloco II e pela necessidade de investimento em formação docente para que amplie-se a implementação curricular.