Resumo
O presente estudo teve por objetivo elaborar uma argumentação teórica que justificasse a presença da Educação Física como componente curricular no Ensino Médio a partir de alguns fundamentos políticos e pedagógicos, provenientes de uma concepção crítica e progressista de educação, que auxiliem no processo de sistematização dos saberes escolares. Desta forma, procurou-se desenvolver uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo bibliográfica, de forma a propiciar uma ampla utilização de informações que permitam uma problematização pertinente, no que concerne ao significado do componente curricular Educação Física no Ensino Médio. Os dados e as informações requeridos para o desenvolvimento desta pesquisa foram obtidos a partir de livros, periódicos e documentos expedidos por órgãos governamentais e normativos, além dos aspectos provenientes do relato de experiências profissionais e acadêmicas na esfera da educação escolarizada. Para tanto, foram consideradas para efeito de argumentação e análise teórica, os aspectos relativos à relação entre Educação Física, Cultura e Sociedade; a questão da especificidade do componente curricular no âmbito do Ensino Médio; a Educação Física na perspectiva do discurso oficial e a proposição de subsídios para um planejamento dialógico e participativo como elementos constitutivos de um projeto crítico e inovador. Assim sendo, foi possível inferir que a Educação Física pode assumir um papel e uma relevância social no âmbito do Ensino Médio, a partir de conhecimentos sistematizados e aprofundados sobre os aspectos inerentes à cultura corporal de movimento. Nesta perspectiva é fundamental o estabelecimento de uma dimensão crítica no reconhecimento dos limites da precariedade das recomendações curriculares provenientes dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física no Ensino Médio e, na mesma proporção, uma dimensão inovadora que implique um conjunto de esforços na direção de uma configuração curricular devidamente fundamentada, propositiva e dialógico-participativa.