Efeito Agudo do Exercício Aeróbio na Glicemia em Diabéticos 2 Sob Medicação
Por Silvia Regina Barrile (Autor), Camila Borin Coneglian (Autor), Camila Gimenes (Autor), Marta Helena Souza de Conti (Autor), Eduardo Aguilar Arca (Autor), Geraldo Rosa Junior (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 5, 2015. 4 Páginas.
Resumo
Introdução: O exercício físico tem sido proposto como tratamento não farmacológico do diabetes por seu efeito hipoglicemiante. Objetivo: Verificar o efeito agudo do exercício sobre a glicemia capilar em indivíduos diabéticos que fazem uso de insulina ou antidiabéticos orais. Métodos: Foram estudados diabéticos em uso de hipoglicemiantes orais (G1, n=7), não diabéticos (G2, n=8, grupo controle) e diabéticos em uso de insulina (G3, n=8) da Associação de Diabéticos de Bauru (ADB). Foram submetidos a avaliações clínicas, bioquímicas, pressóricas, antropométricas e a uma sessão de exercício aeróbio (60% a 80% FC máx).A glicemia capilar foi mensurada em oito momentos durante a sessão (M1 ao M8). A análise estatística foi descritiva (média ± desvio padrão), os testes utilizados foram de Kruskal Wallis e Friedman, não paramétricos. Resultados: Participaram 23 indivíduos com idade média 59,35 ± 14,59 anos, 17 do gênero feminino e seis masculino. As taxas de glicemia do M2 ao M8 foram comparadas ao M1, sendo observadas diminuições significativas nos momentos 4, 5, 6, 7, 8 (p≤0,05). Na análise inicial dos grupos G1 e G3 eram obesos e G2 sobrepeso. Na análise da variação da glicemia durante o exercício foi observado que G1 e G3 diferiram nos momentos 2, 3 e 5, G2 e G3 em todos os momentos (p<0,05). Houve redução significativa apenas no G2 (grupo controle), nos momentos 4, 5, 6 e 7 (p<0,05). Conclusão: O exercício tem ação hipoglicemiante, entretanto, nos indivíduos com alteração do metabolismo de carboidratos (G1 e G3), a redução glicêmica não é tão evidente.