Resumo

Imagética dos próprios movimentos tem mostrado induzir aprendizagem motora em adultos, porém são escassas evidências similares em crianças. O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito da associação entre prática imagética e prática física em comparação com prática física pura em uma habilidade manual em crianças de 9-10 anos de idade. A tarefa consistiu em transportar um bloco e encaixá-lo em um suporte com rapidez e estabilidade, avaliando-se o tempo de movimento para completar os componentes de “alcance” e “transporte”. As crianças foram distribuídas em três grupos: (a) prática física (FIS) (240 tentativas), (b) combinação (COMB) de prática imagética (180 tentativas) e prática física (60 tentativas), e (c) controle (CON), com associação de rotação visual (180 tentativas) e prática física (60 tentativas). O desempenho foi avaliado imediatamente e 24 h após a prática. Os resultados indicaram que o grupo FIS obteve ganho persistente de desempenho no componente “transporte”, porém não no componente “alcance”, enquanto o grupo COMB alcançou ganho persistente de desempenho em ambos os componentes de movimento; não foram encontradas diferenças significantes para o grupo CON. Estes resultados sugerem que a prática imagética aprimora a representação mental da tarefa motora em crianças, enquanto que a prática física oferece informação de feedback sensorial sobre o os movimentos realizados. Como conclusão, nossos resultados sugerem que a combinação de prática física e imagética é um procedimento que pode ser mais efetivo do que prática física pura para aprendizagem motora em crianças.

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