Efeito do Tempo de Recuperação da Fadiga Muscular na Produção de Força de Adultos Jovens
Por S. S. Beretta (Autor), Fábio Augusto Barbieri (Autor), P. C. R. Santos (Autor), L. Simieli (Autor), D. Orcioli-silva (Autor), V. A. I. Pereira (Autor), Lilian Teresa Bucken Gobbi (Autor).
Resumo
A fadiga muscular é definida como a falha em manter uma força esperada ou requerida. Quando a produção de força é prejudicada, danos a funcionalidade e risco de quedas são acentuados. Assim, entender como é o comportamento da recuperação da produção de força muscular após fadiga é importante para evitar prejuízos nas atividades funcionais. A partir deste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar o efeito da recuperação da fadiga muscular na produção de força do membro inferior de adultos jovens. Participaram deste estudo 40 indivíduos com idade entre os 20 e 40 anos. Para analisar a produção de força muscular, os participantes realizaram a tarefa de contração voluntária isométrica máxima por meio do exercício Leg Press, no qual foi acoplado uma célula de carga, sendo realizadas duas tentativas para cada período (antes da indução à fadiga, imediatamente após a indução e após os períodos de recuperação de 5 minutos, 10 minutos e 20 minutos). Durante a tarefa, o participante ficou posicionado sobre o assento do Leg Press, com joelhos flexionados a 110º (180º = extensão total) e quadril flexionado a 90º e os pés em posição neutra. A instrução dada antes da tarefa foi para realizar a contração isométrica voluntária máxima de extensão do quadril e do joelho aplicando maior força possível por 5 segundos. A tarefa de indução à fadiga consistiu em o participante sentar e levantar de uma cadeira sem braço, com velocidade controlada por um metrônomo (0,5 Hz), até a exaustão. O pico de força foi comparado por meio de ANOVA com medidas repetidas para recuperação (p<0,05). A ANOVA revelou que o pico de produção de força muscular foi menor (p<0,001) após a indução à fadiga (318,34±25,90 Kg/F) e após os momentos de recuperação de 5 (330,79±12,02 Kg/F), 10 (326,62±14,76 Kg/F) e 20 (333,25±46,11 Kg/F) minutos quando comparados com o período antes da indução da fadiga (375,65±13,23 Kg/F). A partir dos resultados encontrados é possível concluir que a fadiga muscular prejudica a produção de força e que 20 minutos de recuperação não é suficiente para recuperar os níveis de força muscular do quadríceps após a indução de fadiga. Este quadro de diminuição de força muscular causado pela fadiga gera restrições durante as atividades funcionais, aumentando o risco de quedas e prejuízos motores nas atividades realizadas.