Resumo

Introdução: Diversos fatores influenciam na performance esportiva, bem como na manutenção do desempenho. Para isso, recursos ergogênicos vêm sendo implementados nas rotinas de treinos dos atletas, a fim de otimizar a performance. A Isquemia Pré-Condicionante (IPC) tem sido utilizada para promover adaptações fisiológicas e neuromusculares agudas para melhora do desempenho. Além disso, sabe-se que uma cascata de eventos metabólicos ocorre em decorrência do estresse gerado pelo protocolo. Considerando que para existir melhora no desempenho é necessário que ocorram ajustes agudos a nível metabólico dos indivíduos, a IPC pode ser relevante para melhora na performance física. Objetivos: Avaliar os efeitos agudos da IPC quanto aos parâmetros fisiológicos como, pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e concentração de lactato sanguíneo ([LAC]), e em parâmetros hemodinâmicos como potencial hidrogeniônico (pH), pressão parcial de oxigênio (pO2), pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2), Concentração total de dióxido de carbono (TCO2), excesso de base (BE), saturação de oxigênio (sO2) e íons bicarbonato (HCO3-). Materiais e Métodos: Foram recrutados jovens do sexo masculino, fisicamente ativos. Os mesmos realizaram visita ao laboratório para serem avaliados durante protocolo de isquemia pré-condicionante, que consiste na realização de três séries de 5 minutos de oclusão do fluxo sanguíneo intercaladas por 5 minutos de reperfusão. A pressão de oclusão foi estabelecida em 220 mmHg. Inicialmente foi realizada a anamnese e avaliação antropométrica. Posteriormente o sujeito foi colocado em repouso durante 20 minutos para medida dos parâmetros basais e imediatamente ao final, iniciou-se o protocolo experimental. Imediatamente após o protocolo de IPC, os sujeitos permaneceram em repouso para medidas das variáveis fisiológicas e hemodinâmicas. Foram realizadas medidas de variáveis fisiológicas pré-intervenção, durante a intervenção e pós-intervenção. Os principais parâmetros fisiológicos avaliados foram: frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca e concentração de lactato sanguíneo. Já os hemodinâmicos: pH PCO2, pO2, TCO2, HCO3-, BE e sO2. Resultados: O protocolo de IPC promoveu efeitos agudos positivos quanto à VFC, promovendo maior ativação do sistema parassimpático. Observou-se aumento da FC e [LAC], indicando aumento na contribuição do sistema glicolítico. Conclusão: IPC pode ser facilmente aplicada, enfatizando que consiste em um protocolo seguro, que de modo agudo melhora eficientemente a variabilidade da frequência cardíaca, bem como, torna o organismo metabolicamente preparado para aplicações práticas que influenciem em variáveis de desempenho humano.

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