Resumo

O objetivo do estudo foi verificar os efeitos agudos do alongamento estático passivo (AEP) sobre o comprimento (CF) e ângulo do fascículo (AF) do músculo vasto lateral (VL) em duas diferentes posições articulares. Doze homens (26,9 ± 7,5 anos; 178,6 ± 7,0 cm; e 82,5 ± 16,8 kg), fisicamente ativos foram posicionados em decúbito ventral para aquisição de imagens de ultrassonografia (US) do VL, registradas com joelho estendido e totalmente flexionado, até o conato do calcanhar com o glúteo, antes e após uma rotina de AEP composta por três repetições de 30 s com manutenção da posição no limite de desconforto relatado pelo participante. O teste t de Student para amostras pareadas indicou aumento no CF (16,2%; p = 0,012) e redução no AF (15,5%; p = 0,003) nas comparações pré vs. após alongamento na posição com o joelho estendido. Também houve aumento significativo do CF (34%; p = 0,0001) e redução do AF (25%; p = 0,0007) na comparação entre as posições de joelho estendido vs. flexionado. Não foram encontradas diferenças significativas nas variáveis da arquitetura muscular investigadas na posição com o joelho flexionado. Os resultados apontaram para correlação alta e moderada do CF e AF com joelho estendido (r = -0,89 e r = -0,74) e joelho flexionado (r = -0,76 e r = -0,78), pré e após alongamento, respectivamente. Concluiu-se que o alongamento estático afeta de forma aguda a arquitetura muscular do vasto lateral apenas na posição de joelho estendido, mas não na posição com joelho flexionado. 

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