Efeitos da Idade Relativa no Atletismo Brasileiro: Ocorrencia e Magnitude São Moduladas Pelo Tipo de Prova e Sexo?
Por Drumond Gilo da Silva (Autor), João Victor Alves Pereira Fialho (Autor), Lucas Savassi Figueiredo (Autor), Arthur Gomes Ferreira (Autor), Bruno Henrique Góes Oliveira (None), Lucas Morais de Souza Gomes (Autor), Fabiano de Souza Fonseca (Autor), Bruno Henrique Góes Oliveira (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O efeito da idade relativa (EIR) vem sendo investigado na literatura cientifica abrangendo diversos esportes e níveis de desempenho. Entretanto, a análise do EIR e suas implicações têm sido limitadas no contexto do atletismo brasileiro. Objetivo: Analisar o EIR no atletismo brasileiro nos diferentes tipos de provas do sexo masculino e feminino. Métodos: A data de nascimento de 12.495 atletas (masculino n= 6345; feminino n=6170) com as melhores marcas nas competições nacionais no ano de 2019 foram avaliadas. Após uma análise e remoção de dados duplicados foram incluídos no estudo n=4035 atletas (masculino n=2259; feminino n=1776) de acordo com categorias e respectivas faixas etárias, sub-16 (masculino n=433; feminino n=400), sub-18 (masculino n=664; feminino n=526), sub-20 (masculino n=458; feminino n=343), sub 23 (masculino n=312; feminino n=228) e adulto (masculino n=412; feminino n=279). As datas de nascimento dos atletas foram classificadas em quatro trimestres. Q1 (janeiro-março),Q2 (abril-junho),Q3 (julho-setembro) e Q4 (outubro-dezembro). Além disso, foram realizados grupamentos por tipos de provas: velocidade/barreiras, saltos, meio-fundo, fundo e lançamentos/arremessos. As diferenças entre os quartis para o efeito da idade relativa foram baseadas no qui-quadrado para uma distribuição igualitária presumida. A diferença estatística foi considerada quando o p<0.05. Resultados: foram vistas distribuições desiguais de data de nascimento em atletas masculino nas categorias sub-16, sub-18, sub-20 e Sênior. Sub-16 distribuições assimétricas foram encontradas em provas de sprints / barreiras (p <0,001; (..) = 0,35), saltos (p <0,03; (..) = 0,24) e arremessos (p <0,01; co = O , 34). No sub-18, em provas de sprints / barreiras (p <0,02; (.0 = 0,2). Sub-20, provas de sprints / barreiras (p <0,01; oó = 0,28). Sênior, em provas de arremesso (p <0,03; co = 0,31). Foi visto que atletas nascidos no Q4 foram sub-representados (p <0,007). Em atletas femininas foram vistas distribuições esperadas para as categorias e tipos de provas 16, U-18, U-20 e U-23 (p> 0,14). Sênior em provas de arremessos (p <0,02; úa = 0,46), mas não para os demais tipos de provas. Conclusão: Os achados do presente estudo indicam que a ocorrência EIR no atletismo brasileiro, cuja ocorrência e magnitude do efeito parecem ser moduladas pelo sexo mas nao pelo tipo de prova. O efeito foi evidente em todas as provas apenas para o sexo masculino.