Efeitos da massoterapia desportiva nos indicadores de recuperação muscular de membros superiores após treinamento resistido

O treinamento resistido visa a hipertrofia muscular, porém esse processo pode desencadear tensão e diminuição da elasticidade músculo-tendínea, comprometendo a amplitude de movimento e gerando dor. A massagem desportiva aumenta a circulação tecidual e atua drenando os fluidos intersticiais, moderando assim o nível de tensão muscular e o tempo de recuperação. Este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos da massagem desportiva em praticantes de treinamento resistido, analisando a flexibilidade e a dor em membros superiores. Trata-se de um estudo quase-experimental do tipo ensaio clínico não controlado aplicado a 8 homens adultos, com idade média de 38,6 anos, que praticam musculação há pelo menos seis meses. A dor e a flexibilidade foram avaliadas antes e após o treino, 24 horas após e após a massagem desportiva nos membros superiores. Os resultados indicaram que a massagem desportiva aplicada 24 horas após o treino foi efetiva na recuperação da amplitude articular de todos os pontos avaliados, com valores de p entre <0,001 e 0,04. Também houve redução média no escore da Escala Visual Analógica de dor, de 3,75 (DP=2,2) para 2,0 (DP=1,4). Diante dos resultados, sugere-se que a massoterapia esportiva em ambientes de treinamento resistido, como academias, pode ser uma aliada na recuperação pós-treino e prevenção de lesões em praticantes de musculação.

 

Referências

Archer, P.A. (2008). Massagem terapêutica esportiva. Editora Manole LTDA.

Carvalho, M., Won, C.C., Jambo, B.R., Viegas Filho, G. de L., e Ribeiro, P.H. (2024). Reabilitação funcional de atletas: uma abordagem integrada de medicina do esporte e ortopedia. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, 16(2). https://doi.org/10.36692/z1ec8g08

Cahue, F., Frankenfeld, S.P., Yamashita, A., e Gomes, D.V. (2020). Mecanismos Intracelulares da Hipertrofia Muscular: Por que o Músculo Aumenta de Tamanho quando Realizamos Exercícios com Pesos? Uma Revisão de Literatura. Jornal de Investigação Médica (JIM), 1(1), 14-25. https://revistas.ponteditora.org/index.php/jim/article/view/208

Ferreira, R.M., Silva, R., Vigário, P., Martins, P.N., Casanova, F., Fernandes, R.J., e Sampaio, A.R. (2023). The Effects of Massage Guns on Performance and Recovery: A Systematic Review. Journal of functional morphology and kinesiology, 8(3), 138. https://doi.org/10.3390/jfmk8030138

García-Sillero, M., Jurado-Castro, J.M., Benítez-Porres, J., e Vargas-Molina, S. (2021). Acute Effects of a Percussive Massage Treatment on Movement Velocity during Resistance Training. International journal of environmental research and public health, 18(15), 7726. https://doi.org/10.3390/ijerph18157726

Nunes Filho, J.C.C. (2022) Gênero e IMC não interferem na flexibilidade da cadeia posterior em praticantes de treinamento força. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 16(105), 439-445. https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2621

Oliva, O.J., Bankoff, A.D.P., e Zamai, C.A. (2012). Possíveis lesões musculares e ou articulares causadas por sobrecarga na prática da musculação. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, [S. l.], 3(3), 15-23. https://doi.org/10.12820/rbafs.v.3n3p15-23

Paz, G.A. (2021). Muscle activation and volume load performance of paired resistance training bouts with differing inter-session recovery periods. Science & Sports, 36(2), 152-159. https://doi.org/10.1016/j.scispo.2020.02.011

Ribeiro, S.R.C. (2023). Influência da auto liberação miofascial sobre a flexibilidade aguda em adultos jovens ativos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 37, e37184639-e37184639. https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37184639

Souza, I.C.M., Rosa, D., Gasparotto, G.S., e Gasparotto, L.P.R. (2020) Efeitos da massagem desportiva na temperatura corporal e na agilidade em mulheres praticantes de handebol. Brazilian Journal of Development, [S. l.], 6(6), 39682-39692. https://doi.org/10.34117/bjdv6n6-492

Thomas, J.R., Nelson, J.K., e Silverman, S.J. (2012). Métodos de pesquisa em atividade física (6ª ed.). Artmed Editora.

Warneke, K., Zech, A., Wagner, CM, Konrad, A., Nakamura, M., Keiner, M., Schoenfeld, B. J., & Behm, DG (2023). Sex differences in stretch-induced hypertrophy, maximal strength and flexibility gains. Frontiers in physiology, 13, 1078301. https://doi.org/10.3389/fphys.2022.1078301

White, G.E. (2020). Massage therapy modulates inflammatory mediators following sprint exercise in healthy male athletes. Journal of Functional Morphology and Kinesiology, 5(1). https://doi.org/10.3390/jfmk5010009

Wilke, J., e Behringer, M. (2021), Is “delayed onset muscle soreness” a false friend? The potential implication of the fascial connective tissue in post-exercise discomfort. International journal of molecular sciences, 22(17), 9482. https://doi.org/10.3390/ijms22179482

Ylinen, J. (2009). Terapia do alongamento para o esporte e terapias manuais. Editora Elsevier Ltda.

 

Acessar