Efeitos do exercício agudo sobre o sistema autônomo cardiovascular de mulheres vivendo com hiv
Por Isabela Peres Pasinato (Autor), Pollyana Mayara Nunhes (Autor), Kauana Borges Marchini Siqueira (Autor), Mariana Ardengue (Autor), Wagner Jorge Ribeiro Domingues (Autor), Dayane Cristina de Souza (Autor), Sarah Gazeloto Bieli (Autor), Ademar Avelar (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Pessoas vivendo com HIV (PVHIV) utilizam a terapia antirretroviral (TARV) com o objetivo de controle da doença, aumentando a expectativa de vida desses pacientes. No entanto, a TARV possui efeitos adversos, como diminuição da qualidade de vida e alterações no sistema cardiovascular, dentre as alterações estão a disfunção autonômica sendo caracterizada pelo desbalanço no sistema nervoso autônomo (SNA). Para minimizar os efeitos adversos da TARV no SNA, o exercício físico, principalmente o exercício resistido, tem se tornado uma importante estratégia. Porém, até o presente momento não está claro quais os efeitos de uma sessão de exercícios com pesos nos parâmetros de VFC em PVHIV e até onde sabemos essa resposta, não foi documentada em mulheres vivendo com HIV (MVHIV). Considerando que uma sessão de exercícios com pesos pode promover a diminuição aguda de fatores de risco cardiovascular em MVHIV. OBJETIVO: Analisar o efeito de uma sessão de exercícios com pesos nas respostas do SNA de MVHIV. MÉTODOS: A amostra foi composta por doze MVHIV (44±12 anos) em tratamento com a TARV, tempo de infecção (14,85±9,42 anos), tempo de TARV (4,53±3,28 anos). As pacientes realizaram uma sessão de exercícios com pesos que foi composta de sete exercícios (chest press; leg press 45º; puxador alto por trás; extensão de joelhos; tríceps no pulley; flexão de joelhos; rosca scott de bíceps braquial) envolvendo diferentes grupamentos musculares. A modulação autonômica cardíaca foi avaliada pelo método da variabilidade da frequência cardíaca foi mensurada por um monitor de frequência cardíaca (POLAR) imediatamente antes e após a intervenção. Os parâmetros analisados foram: Média do intervalo R-R, frequência cardíaca, desvio padrão de todos os intervalos RR (SDNN), raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR (rMSSD), componentes de baixa (LF) e alta frequência (HF). O teste t de Student, foi empregado na comparação dos momentos pré e pós-intervenção (P<0,05). RESULTADOS: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para os parâmetros: média do intervalo R-R (Pré 734,00±110,26 vs. Pós 631,22±86,96 descrever a unidade de medida; P=0,02), LF (Pré 42,97±27,90 vs. Pós 60,58±23,53 descrever a unidade de medida; P=0,03), HF (Pré 56,97±27,57 vs. Pós 39,10±23,47 descrever a unidade de medida; P=0,03). CONCLUSÃO: Uma sessão de exercícios com pesos promoveu alterações na VFC, aumentando a atividade simpática do SNA em MVHIV que uso da TARV.