Efeitos do treinamento funcional sobre variáveis biopsicossociais de acadêmicos
Por Aldenora Ribeiro da Silva (Autor), Marquenis André de Souza (Autor), Alan Pantoja Cardoso (Autor), Erica Carneiro Feio Nunes (Autor), Francivaldo José da Conceição Mendes (Autor), Gileno Edu Lameira de Melo (Autor), José Robertto Zaffalon Júnior (Autor), Smayk Sousa Barbosa (Autor).
Resumo
O ingresso em uma graduação ocasiona mudanças importantes na vida do indiví-duo como um todo. Tais mudanças podem afetar diretamente no humor, no nível de estresse, piora da qualidade do sono, na qualidade de vida e afetar também a saúde mental prejudicando a tomada de decisões. Objetivo: analisar os efeitos do treinamento funcional sobre variáveis biopsicossociais de acadêmicos. Métodos: A pesquisa contou com 28 universitários de diferen-tes períodos no grupo pré-intervenção (G1) e 26 no grupo pós-intervenção (G2), trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada com abordagem quantitativa. Realizou-se avaliações da es-tatura, peso, circunferência da cintura e do quadril (Pitanga, 2019), posteriormente foi aplicado o protocolo de Pollock de 7 dobras cutâneas para mensuração da composição corporal (Riebe et al., 2018). Foram aplicados os questionários: Indice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) (Bertolazi et al., 2011), a escala de estresse percebido (PSS-10) (Machado et al., 2014), o de qua-lidade de vida SF-36 (Ciconelli et al., 1999) e finalizou-se a etapa de avaliação inicial com o teste de Aptidão cardiorrespiratória (Teste de Cooper) (Fernandes Filho et al., 2018). Na etapa de intervenção, foram realizadas três sessões de treino semanais, por um período de 12 semanas, totalizando 36 sessões de treinamento funcional. Ao final da intervenção, todos os procedi-mentos de avaliação, testes e questionários foram repetidos. Os resultados foram comparados por meio do Teste t de Student para amostras independentes, e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com seres humanos da Universidade do Estado do Pará, Campus XII, Tapajós, sob o parecer nº 6.425.391. Resultados: Ao comparar os dados antes e depois, foram obtidos os seguintes resultados: Peso G1 = 66,19 ± 18,12 e G2 = 67,36 ± 18,10 (p=0,813); IMC G1 = 24,29 ± 5,36 e G2 = 25,60 ± 7,33 (p = 0,455); RCQ G1 = 0,89 ± 0,08 e G2 = 0,84 ± 0,07 (p = 0,777); VO2máx G1 = 24,97 ± 8,86 e G2 = 25,22 ± 9,55 (p=0,919); percentual de gordura G1 = 24,96 ± 5,64 e G2 = 25,10 ± 6,60 (p=0,932), nestas variáveis não houveram mudanças significativas. Já nas variáveis: Qualidade do sono G1 = - 7,69 ± 3,68 e G2 = 5,65 ± 2,51 (p < 0,022); Estresse Percebido G1 = 21,97 ± 5,76 e G2 = 15,96 ± 6,92 (p < 0,001); Qualidade de Vida Saúde Física G1 = 49,14 ± 9,26 e G2 = 53,46 ± 6,53 (p < 0,049) e Qualidade de Vida Saúde Mental G1 = 51,31 ± 10,14 e G2 = 56,19 ± 7,16 (p < 0,047). Conclusão: o treinamento funcional mostrou-se eficaz na melhora da qualidade do sono, nível de estresse percebido e qualidade de vida dos participantes. Com isso, se apresentando como uma possibilidade para minimizar os impactos que estes problemas acarretam na vida do estudante universitário. Em relação às outras variáveis que não mostraram melhora significativa acredita-se que estudos com número amostral e tempo de intervenção maior em relação ao que foi utilizado, possam proporcionar resultados mais relevantes