Resumo

A sarcopenia é um processo multifatorial caracterizado pela perda da força e de massa do músculo esquelético, o que leva à redução da área de secção transversa (AST) muscular. O treinamento resistido (TR) é uma ferramenta importante para reduzir a sarcopenia, porém, a análise proteômica do músculo de ratos velhos após TR ainda é pouco estudado. O objetivo do presente estudo foi analisar o perfil proteômico de ratos velhos após o TR. Vinte e quatro Rattus norvegicus com 3 meses (298,74 ± 32,32g) e 21 meses (517,83 ± 76,30g) de idade foram divididos em grupo sedentários jovens (SJ, n = 6), treinados jovens (TJ, n = 6), sedentários velhos (SV, n = 6) e treinados velhos (TV, n = 6). Foram realizados 12 semanas de treinamento resistido, que consistiam em subir uma escada vertical (1,1 m, 0,18 m, 2 cm entre as grades e 80° de inclinação) com uma carga fixada na cauda do animal. O tamanho da escada induzia os animais a realizar de 8 a 12 movimentos por subida e foi realizado três vezes por semana (segundas, quartas e sextas-feiras) durante 12 semanas. As cargas eram definidas de acordo com a capacidade de carregamento dos animais e aumentadas progressivamente com 65, 85, 95 e 100% da capacidade de carga máxima de carregamento de cada animal. Após a última sessão de treino, o músculo gastrocnêmio foi extraído e os compostos proteicos foram analisados por cromatografia líquida acoplada a uma fonte de ionização por Electrospray tandem Espectrometria de Massas (LC-ESI-MS/MS). As amostras foram identificadas utilizando banco de dados UniProt / Swissprot. As proteínas foram consideradas reguladas, quando o escore dos peptídeos esteve maior que o escore mínimo para o limite de confiança de 95% (p<0.05). A normalidade dos dados foi testada utilizando o teste de Shapiro-Wilk e Levene (p> 0,05) e os dados apresentados em média e desvio padrão. Foram identificadas 131 proteínas, sendo que 28 destas foram comuns a todos os grupos. 12 semanas de treinamento resistido em ratos modula proteínas que favorecem as adaptações celulares benéficas ao exercício. Porém, a inatividade, representada pelo sedentarismo, promove aumento de proteínas que podem levar ao maior comprometimento do tecido muscular.

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