Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar as emoções e violências manifestadas na configuração social de retorno à presencialidade na escola. Para isso, realizou-se uma incursão etnográfica que incluiu observação participante, diários de campo e entrevistas com professores. A configuração foi construída com base em três elementos. O primeiro entende a escola como normatizadora dos modos legítimos de agir e trata da reconstrução de um habitus escolar que inclui os reaprendizados dos autocontroles. O segundo analisa as emoções e a saúde mental, tendo em vista a quantidade de choros, crises, depressões e ansiedades observadas. O terceiro versa sobre o ‘mau comportamento’ e a violência dos estudantes, e relaciona-os à necessidade de um reaprendizado das etiquetas e à ascensão de um código de conduta autoritário, violento e misógino no País. Os aprendizados atitudinais e sociais de um código de conduta humanista e democrático parecem ser um caminho para tensionar essa direção descivilizadora.

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