Resumo

INTRODUÇÃO

Em meados da década de 1960, a ascensão do discurso científico como referencial privilegiado para a Educação Física, provocou um redirecionamento da sua tradição pedagógica contemporânea, construída pelo menos desde o século XIX. Nos EUA e na Europa, depois alcançando o Brasil, o debate sobre o possível estatuto científico da Educação Física geraria as oposições e tensões que, daí em diante, iriam percorrer o entendimento que a área tem buscado construir de si própria. São bem conhecidas entre nós as proposições da Educação Física como “disciplina acadêmica” (Henry, 1964); ou da “Ciência da Motricidade Humana” de Sérgio (1983,1987), na qual a Educação Física (rebatizada como “educação motora”) aparece como ramo pedagógico daquela ciência. Bracht (1999) relata como ao final dos anos 1960, na Alemanha,sob influência da importância social e política do esporte, o conceito de pedagogia esportiva (Sportpädagogik) opõe-se e põe fim ao conceito de teoria da Educação Física (Leibeserziehung) orientada nas teorias da educação, iniciando o processo de “cientifização” da Educação Física. 

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