Entre a Tradição e as Inovações Pedagógicas: Compreendendo a Participação de Crianças nas Aulas de Judô
Por Ibsen Pettersen (Autor), Fábio Luiz Loureiro (Autor), Rodrigo Lema Del Rio Martins (Autor), André da Silva Mello (Autor).
Em XXI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VIII CONICE - CONBRACE
Resumo
INTRODUÇÃO
O judô é um esporte praticado por milhões de pessoas no mundo. Só no Brasil, são cerca de 2 milhões de praticantes, segundo dados da Confederação Brasileira de Judô (CBJ, 2014). Trata-se de um esporte tradicional, mergulhado em valores que são propostos para a formação de seus praticantes, com uma rotina carregada de disciplina, normas e rituais que enaltecem a hierarquia. Ancorada nas tradições, está a obediência dos alunos ao Sensei,1 considerado o detentor maior do saber, que impõe uma forma diretiva no processo de ensino-aprendizagem. Suas ações pedagógicas estão pautadas no desenvolvimento técnico, em detrimento aos ensinamentos apresentados por Jigoro Kano2 no âmbito do desenvolvimento moral, intelectual e comportamental. Esse modelo de ensino, além de ser estereotipado, oferece pouca margem para que a criança se coloque como sujeito social de sua experiência e protagonista nesse processo.