Resumo

A prática da escalada esportiva vem crescendo, principalmente nos últimos anos, com a inclusão do esporte nos Jogos Olímpicos, mostrando maior aderência da população, apesar da necessidade de investimento para praticá-la. O presente estudo levantou e analisou os espaços dessa prática indoor do estado de São Paulo e os escaladores que frequentam esses espaços. O método utilizado foi pesquisa descritiva exploratória contando com a aplicação de questionário, cuja amostra foi formada por 28 espaços de escalada e 152 sujeitos, praticantes de escalada, sendo: 102 homens e 50 mulheres, todos com idade igual ou superior a 18 anos. Como resultado foi possível perceber que os espaços se preocupam com o fomento do esporte; com a prática orientada por profissionais qualificados; proporcionam eventos para socialização e divulgação da escalada; oferecem equipamentos específicos e outras atividades para melhorar a técnica e o desempenho dos praticantes. Em relação aos escaladores, foi observado que utilizam esses espaços como forma de preparação para depois escalar em ambiente natural; ganhos na saúde; praticam de forma recreativa mais do que competitiva, preferindo principalmente o estilo guiada/top rope; e que têm no fator psicológico sua maior dificuldade. Conclui-se que a escalada indoor ampliou-se no estado de São Paulo, bem como o interesse dos praticantes pela prática, em especial as mulheres.

Referências

Pereira DW, Nista-Piccolo VL. Escalada: um esporte na ponta dos dedos. Rev Bras Ciênc Mov. 2010;18(1):73-80.

Honorato T, Teixeira N, Xavier FE. Paredes de escalada em Ambiente Artificial e Natural na Cidade. Licere. 2018;21(1):341-368.

Marinho A, Bruhns HT. Escalada urbana - faces de uma identidade cultural contemporânea. Movimento. 2001;7(14):37-48.

Pereira DW, Souto MYB, Ramallo BT. Perfil das mulheres escaladoras brasileiras, entre homens e montanhas. Movimento. 2020;26:1-12.

Medeiros DMBA, Correia MCEE. Revisão sistemática da escalada. Rev Desp Act Fis. 2016;8(1):55-69.

Cruz M, Granato CAC, Dias GP. A escalada esportiva utilizada por amputados de membro inferior como meio para integração social e desenvolvimento pessoal. Arq Mov. 2012;8(1):8-21.

Pereira DW. Revelando a escalada em paredes artificiais. Rev Corpoconsciência. 2018;22(2):61-72.

Batuev M, Robinson L. Organizational evolution and the Olympic Games: the case of sport climbing. Sport Soc. 2018;22(10):1674-1690.

Bertuzzi RCM, Gagliardi JFL, Franchini E, Kiss MAPDM. Características antropométricas e desempenho motor de escaladores esportivos brasileiros de elite e intermediários que praticam predominantemente a modalidade indoor. Rev Bras Ciênc Mov. 2001;9(1):7-12.

Pereira DW, Casanova RD, Almeida MVN, Prado DHL. Escalada esportiva no Brasil: o retrato dos atletas profissionais e amadores. Arquivos em Movimento. 2019;15(1):241-255.

Bertuzzi RCM, Lima SAE. Principais características dos estilos de escalada em rocha e indoor. Rev Act Bras Mov. Hum. 2013;3(3):31-46.

Garcia LP, Duarte E. Intervenções não farmacológicas para o enfrentamento à epidemia da COVID-19 no Brasil. Epidemiol. Serv Saúde. 2020;29(2):1-4.

Severino, AJ. Metodologia do Trabalho Científico. 21. ed. São Paulo: Cortez; 2000. p. 274.

González Rey FL. Pesquisa qualitativa e subjetividade: os processos de construção da informação. São Paulo: Pioneira Thomson; 2005. p. 205.

Olympics. O que aprendemos: resumo da escalada esportiva nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020; 2021. Disponível em: Melhores momentos dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 em escalada esportiva (olympics.com).

Porreti MF, Triani FS, Assis MR. Esportes de aventura e mídia ao longo do tempo. Temas em Educação Física Escolar. 2021;6(3):1-14.

Tendais I, Ribeiro AI. Espaços verdes urbanos e saúde mental durante o confinamento causado pela Covid-19. Finisterra. 2020;55(115):183-188.

White DJ, Olsen PD. A time motion analysis of bouldering style competitive rock climbing. Med Sci Sports Exerc. 2010;24(5):1356-1360.

Medernach JPJ, Kleinöder H, Lötzerich HHH. Fingerboard in competitive bouldering: training effects on grip strength and endurance. J Strength Cond Res. 2015;29(8):2286-2295.

Stien N, Pedersen H, Vereide VA, Saeterbakken AH, Hermans E, Kalland J, Schoenfeld BJ, Andersen V. Effects of Two vs. Four Weekly Campus Board Training Sessions on Bouldering Performance and Climbing-Specific Tests in Advanced and Elite Climbers. J Sci Med Sport. 2021;20(3):438-447.

Kulczycki C, Hinch T. “It’s a place to climb”: place meanings of indoor rock climbing facilities. Leis. 2014;38(3-4):271-293.

Cavichiolli FR, Cheluchinhak AB, Capraro AM, Marchi JW, Mezzadri FM. O processo de formação do atleta de futsal e futebol análise etnográfica. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2011;25(4):631-647.

Maciel LFP, Oliveira VP, Cozza J, Benites LC, Duek VP, Farias GO, et al. Envolvimento esportivo de meninas e meninos no basquetebol. Rev Educ Fis. 2020;31(1):2-12.

CREF. Estatuto do Conselho Regional de Educação Física, 4ª região. Resolução CREF4/SP, nº 060/2011. Disponível em: https://www.crefsp.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/estatuto.

Mathias NG, Melo FJ, Szkudlarek AC, Gallo LH, Fermino RC, Gomes ARS. Motivos para a prática de atividade física em uma academia ao ar livre de Paranaguá - PR. Rev Bras Ciênc Esporte. 2019;41(2):222-228.

Saul D, Steinmetz G, Lehmann W, Schilling AF. Determinants for success in climbing: A systematic review. J Exerc Sci Fit. 2019;17(3):91-100.

Escalada, Esporte, Aventura, Parede de Escalada

Acessar