ESCOLA PROMOTORA DA SAÚDE: passado, presente e futuro para a promoção da saúde na escola
Por Patrícia de Oliveira Bastos (Autor), Ana Suelen Pedroza Cavalcante (Autor), Valter Cordeiro Barbosa Filho (Autor).
Parte de Escola e promoção da saúde. Evidências e possibilidades para democratizar a participação em atividades físicas na infância a na adolescência . páginas 66 - 101
Resumo
A infância e a adolescência são fases da vida que oferecem oportunidades para ganhos em saúde em nível individual e populacional, presente e futura (WHO, 2015). No mundo, em 2016, estima-se que morreram mais de 1,1 milhão de adolescentes entre 10 e 19 anos, vítimas de causas evitáveis ou tratáveis, uma média de mais de 3.000 por dia (WHO, 2018). O mesmo estudo afirma ainda que, anualmente, a cada mil nascimentos, 44 são filhos de meninas entre 15 a 19 anos de idade. Fatores como o uso do tabaco ou álcool, a falta de atividade física, exposição à violência e/ou o sexo desprotegido podem comprometer não apenas o estado de saúde ainda na juventude mas, também, na vida adulta (WHO, 2018). Para o enfrentamento das vulnerabilidades sofridas na infância e na adolescência, é possível identificar a escola como um aliado para consolidação de ações de promoção da saúde (LANGFORD et al., 2015). Os estudantes reconhecem a escola como um espaço privilegiado de encontro com outros, onde afetam e são afetados, construindo vínculos que são capazes de potencializar a aprendizagem a partir do diálogo e da cooperação (LEITE et al., 2016). Nesse contexto, nota-se a necessidade da criação de um ambiente físico e social de apoio para ser mais favorável à saúde, à mudança de comportamento em saúde e ao desenvolvimento de um letramento em saúde para crianças e adolescentes em idade escolar (LEE et al., 2020).