Resumo

O presente trabalho investiga a apropriação do espaço público urbano por meio das rodas de capoeira em Brasília, Distrito Federal, sobretudo o espaço público de acesso livre. O arcabouço teórico foi construído a partir dos conceitos centrais da pesquisa, espaço público, territorialidade, território, cidadania e o fenômeno roda de capoeira. Nosso problema de pesquisa visa responder se o processo de apropriação do espaço público urbano pela roda de capoeira, através de sua territorialidade gera um ganho da noção de cidadania e quais as implicações para os usuários, capoeiristas, comunidade e para o próprio espaço público. O objetivo principal consiste em analisar os aspectos da territorialidade na apropriação do espaço público urbano pelas rodas de capoeira, evidenciando os aspectos que esta prática revela ou não em relação à dimensão da cidadania. Os objetivos específicos são três, o primeiro buscou identificar como se dá a territorialidade da roda de capoeira no espaço público, o segundo buscou analisar quais são os espaços públicos urbanos em Brasília que estão sendo apropriados pela comunidade da capoeira através das rodas de capoeira e o terceiro analisa os aspectos que geram um ganho na noção de cidadania e quais são as implicações da apropriação do espaço público. A investigação está fundamentada dentro da perspectiva qualitativa, além da pesquisa documental houve a pesquisa em campo, isto é, através do questionário de entrevista aplicado a vinte e um (21) entrevistados, pertencente à comunidade da capoeira, Mestre, professores e praticantes, além das observações realizadas in lócus, notas de campo e registro fotográfico, assim a pesquisa possui, também, um viés etnográfico. Foram registradas vinte e um (21) apropriações de áreas públicas, por meia da realização de rodas de capoeiras por Brasília, Distrito Federal, dentre aquelas que possuem uma periodicidade de realização semanal, quinzenal, mensal e um caso de uma frequência anual. 

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