Espectroscopia no infravermelho próximo durante exercício contrarresistência de baixa intensidade com restrição de fluxo sanguíneo
Por Claudia Mello Meirelles (Autor), Claudio Souza Aguiar Junior (Autor), Paulo Sergio Chagas Gomes (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 20, n 5, 2021.
Resumo
Exercícios contrarresistência de baixa intensidade com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) são conhecidos por serem eficazes na promoção de força e hipertrofia muscular. No entanto, há uma escassez de evidências sobre suas respostas hemodinâmicas agudas. Objetivo: Comparar as alterações nas concentrações musculares de oxihemoglobina (O2Hb), desoxihemoglobina (HHb) e saturação de O2 (StO2) durante exercício contrarresistência com baixa intensidade com fluxo sanguíneo livre (FSL) e RFS. Métodos: Quinze homens saudáveis foram submetidos aleatoriamente a testes de extensão bilateral do joelho (4 séries/15 repetições a 20% de 1RM, intervalo de 30s entre séries) nas condições FSL e RFS. Na condição RFS, os voluntários se exercitaram com um manguito posicionado na região proximal da coxa e inflado a 50% da pressão de oclusão. Alterações no O2Hb, HHb, hemoglobina total (tHb) e StO2 no músculo vasto lateral foram monitorados usando espectroscopia no infravermelho próximo. Resultados: Uma ANOVA de duas vias com medidas repetidas revelou efeitos principais significativos em séries para todas as variáveis. Os valores de StO2 durante as séries 2, 3 e 4 em condições de RFS foram significativamente menores do que em FSL. Também foram observadas diferenças entre as condições de exercício durante os intervalos de descanso para HHb (intervalos 2, 3 e 4) e tHb (intervalo 3) (todas as diferenças para P < 0,05). Não houve interações significativas entre as condições e séries ou condições e intervalos para O2Hb. Conclusão: O exercício contrarresistência de baixa intensidade realizado com RFS diminuiu significativamente a StO2 muscular e aumentou a hemoglobina muscular total.