Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar os Estágios de Mudança de Comportamento (EMC) para atividade física após dois anos de aplicação de uma intervenção em atividade física e saúde com enfoque educacional. Foi conduzido um estudo transversal com uma amostra de 8071 estudantes com idade média de 13,9 (DP± 2,36) anos. A prevalência de estudantes em EMC ativos foi elevada, sendo que 21,8% e 41,6% dos estudantes foram classificados nos estágios de Ação e de Manutenção, respectivamente. O tempo de exposição à intervenção não teve associação significativa com os EMC. O sexo masculino se mostrou mais associado aos estágios de Ação (RR1,28; IC95% 1,07-1,54; p=0,006) e de Manutenção (RR 3,57; IC95% 3,02- 4,23; p<0,001) em comparação ao sexo feminino. A variável índice de bens obteve uma relação direta com os estágios de Ação e de Manutenção. Entretanto, o principal resultado diz respeito ao conhecimento sobre saúde, o qual foi diretamente relacionado com os EMC. A realização de estudos de intervenção com avaliações longitudinais acerca dos EMC poderia ampliar o conhecimento acerca dos efeitos de intervenções de base escolar sobre a prática de atividade física.