Estágios de Mudança de Comportamento Relacionados Ao Exercício Físico em Adolescentes
Por Maick da Silveira Viana (Autor), Alexandro Andrade (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 12, n 5, 2010. Da página 367 a -
Resumo
O presente estudo teve por objetivo analisar os estágios de mudança de comportamento (EMC) relacionados aos exercícios físicos em adolescentes estudantes de escolas públicas do Município de Florianópolis/SC. Participaram do estudo 400 adolescentes com idade entre 14 e 18 anos, sendo 53,8% meninas (idade média de 16,3 anos) e 46,2% meninos (idade média de 16,4 anos), selecionados aleatoriamente nas escolas estaduais que contemplavam o Ensino Médio no município de Florianópolis. As associações entre as variáveis foram verificadas por meio do teste Qui-Quadrado (α=0,05). Praticam algum tipo de exercício físico com regularidade 67,6% dos estudantes (estágios de ação e manutenção), enquanto apenas 9,8% não praticam e não pretendem praticar (estágio de pré-contemplação). Meninos praticam mais exercícios físicos do que as meninas, pois se encontram em EMC mais avançados (p<0,000). Idade, série e turno de estudo não estiveram estatisticamente associados aos EMC para a amostra geral, porém, entre os meninos, os estudantes do período matutino são mais sedentários (p=0,050). As análises evidenciam uma população que, em sua maioria, pratica algum exercício físico, porém atenção deve ser dada a minoria que apresenta comportamento sedentário, especialmente, aos que não pretendem praticar exercícios físicos. Destaca-se a importância dos EMC para uma intervenção mais efetiva em saúde, pois mesmo que um programa não torne, em um curto espaço de tempo, um indivíduo ativo, a sua evolução nos estágios é considerada positiva.