Estimulação transcraniana por corrente contínua combinada com exercício aeróbio diminui a variabilidade do andar de pessoas com doença de parkinson
Por Gabriel Antonio Gazziero Moraca (Autor), Diego Orcioli-Silva (Autor), Beatriz Regina Legutke (Autor), Pedro Paulo Gutierrez (Autor), Thiago Martins Sirico (Autor), Vinicius Cavassano Zampier (Autor), Fabio Augusto Barbieri (Autor), Lilian Teresa Bucken Gobbi (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Pessoas com doença de Parkinson (DP) possuem déficits no andar, como diminuição da velocidade da passada e aumento da variabilidade. Estes déficits são exacerbados em situações mais complexas, como andar realizando uma tarefa dupla (TD). Para diminuir os prejuízos no andar e melhorar a qualidade de vida de pessoas com DP, diversas formas de intervenção vêm sendo testadas. Uma delas é o exercício aeróbio, que mostrou resultados positivos em pessoas com DP, como aumento do comprimento da passada e da velocidade do andar1 . Ainda, pesquisadores vêm buscando formas de potencializar os efeitos benéficos decorrentes do exercício por meio de técnicas complementares, como a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC). Exercício físico e ETCC combinados é eficaz para melhorar a rigidez de membros superiores e a mobilidade2 , mas não está claro se esta combinação é uma estratégia capaz de amenizar os déficits do andar na DP. A ETCC é aplicada principalmente no córtex pré-frontal (PFC) e no córtex motor primário (M1), pois estas regiões estão envolvidas na execução dos movimentos (M1) e na alocação de recursos atencionais durante o andar (PFC). Entretanto, o conhecimento sobre os efeitos da ETCC aplicada nas duas regiões simultaneamente (multialvo) ainda são escassos.