Resumo

Indiscutivelmente o esporte escolar é permeado por tensões relativas aos objetivos e métodos adotados quando do seu oferecimento nos diversos estabelecimentos educacionais no Brasil (Korsakas, De Rose Jr, 2002; Kunz, 2006). Frequentemente, há uma errônea e conflituosa aproximação entre o que se usa chamar de esporte escolar e esporte educacional. Esporte escolar é tão somente toda prática esportiva encenada/ensinada no contexto da escola. Educacional é, basicamente, aquele desenvolvido dentro ou fora dos estabelecimentos de educação formal, respeitando e valorizando as características dos praticantes e privilegiando a formação cidadã em detrimento dos modelos de treinamento de atletas (Assis, 2005; Barbieri Et Al, 1996; Tubino,1996; 2010). O modelo predominante de fomento ao esporte educacional nos municípios brasileiros pendula, de um lado, entre a gestão direta realizada pela Secretaria de Esportes e, por outro, pela gestão indireta por meio de Parcerias Público Privadas com Organizações da Sociedade Civil. Conforme Farah (2008), em um país de dimensões continentais como Brasil, não é de se estranhar que determinados modelos de políticas públicas se disseminem, mesmo que de forma pouco refletida, como soluções mágicas às demandas locais, indiferentes de idiossincrasias comunitárias. Contestando a ideia de bestpractices como modelo hegemônico de solução de problemas, como sugere Farah (2008), a Secretaria de Educação do Município de Sorocaba contrapõe-se a estas propostas prontas e desenvolve, como alternativa, gestão direta do esporte escolar educacional.

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