Exercícios físicos e o uso de máscaras de proteção: evidências existentes sobre a segurança e implicações no rendimento esportivo

Por Lucas Dantas Maia Forte (Autor), Natália de Almeida Rodrigues (Autor),

Parte de Atividade física, exercício e esporte no contexto da pandemia decorrente da Covid-19: reflexões, prognósticos acerca da prática em diferentes contextos de saúde e desempenho humano . páginas 141 - 149

Resumo

Diante da alta transmissibilidade da corona vírus disease 2019(COVID-19), doença provocada pelo vírus Sars-CoV-2, a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) passou a ser adotada como método de conter a disseminação do vírus. Dentre os EPIs, as máscaras de proteção facial certamente são as mais populares e utilizadas, sendo recomendadas para todos os indivíduos que precisem sair de casa e entrar em contato com outras pessoas. Isto se dá pelo fato de que o Sars-CoV-2 – similarmente ao vírus da gripe (influenza) – se propaga a partir de gotículas derivadas da mucosa oral e nasal, por meio de espirros, tosse ou até mesmo na forma de aerossol pelo ar expirado por um indivíduo contaminado (SHEREEN et al., 2020). Desta forma, a cavidade oral e nasal são os principais meios de propagação e aquisição da COVID-19. Na data de confecção desse livro, o Brasil ainda vive em estado de quarentena, com alguns estados iniciando os processos de flexibilização da mesma. Consequentemente, algumas atividades não-essenciais passam a voltar a funcionar, como o setor da construção civil e alguns comércios, como lojas e shoppings. Seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, todos os setores têm adotado medidas de proteção, dentre elas, o uso obrigatório de máscaras em seus ambientes. Paralelamente, as atividades físicas recreacionais que até então eram realizadas exclusivamente no ambiente doméstico começam a ser realizadas em ambientes abertos, como orlas e praças. Já do ponto de vista desportivo, algumas modalidades voltam a realizar campeonatos (sem a presença de plateia), como é o caso do futebol. Entretanto, uma vez que uma vacina ainda não se encontra disponível, a prática desportiva (em especial os esportes coletivos) podem favorecer a transmissão do vírus entre os seus praticantes, tornando necessária a adoção de medidas preventivas.

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