Resumo

Para Heidegger, a existência humana caracteriza-se pela estrutura ser-no-mundo. Mundo traduz as próprias possibilidades de ser que caracterizam o homem em sua humanidade. Quais sejam: possibilidade de ser-com-os-outros que possuem o mesmo modo de ser que ele; de ser-junto-ascoisas, que não possuem o mesmo modo de ser que o homem; e, ser-em-função-de si- mesmo – sendo que esse “si mesmo” caracteriza-se pelo fato de o homem ter sempre que realizar as suas possibilidades de ser; o que equivale a dizer que, ser-em-função-de-si mesmo é ser um projeto lançado no mundo. A partir dessa compreensão de existência, não existe uma separação entre homem e mundo. O homem só existe à medida que realiza as suas possibilidades de ser, que se traduzem no próprio mundo no qual ele se encontra lançado. Por seu lado, o mundo só poderá ganhar consistência à medida que for realizado no ato e como um ato de ser do homem. Dentro dessa perspectiva, cada época da história do homem se apresenta como um modo possível de essa existência se realizar. Cada uma dessas realizações da existência se mostra como uma partida que o homem disputa no jogo desde o qual se constitui a sua existência. Compreender a estrutura desse jogo e a partida que, hoje, nós disputamos é o que nos interessa nesse artigo.

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