Experiência de Treinamento de Força, Frequência Semanal e Volume de Treinamento de Membros Inferiores em Mulheres Treinadas.
Por Charles Ricardo Lopes (Autor), Paulo Henrique Marchetti (Autor), Marcelo Saldanha Aoki (Autor), Felipe Alves Brigatto (Autor), Tiago Volpi Braz (Autor), Luan Oenning Col (Autor), Júlio Benvenutti Bueno de Camargo (Autor), Paulo Henrique Barbosa (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A prática regular e sistematizada do treinamento de força (TF) induz importantes adaptações de caráter morfo-funcional. Nesse sentido, tais adaptações parecem sofrer influência das diferentes manipulações das variáveis que compõem o TF. Dentre essas, o volume de treinamento tem se mostrado de extrema relevância quando o objetivo é maximizar as respostas adaptativas. Normalmente, indivíduos apresentam diferenças de experiência com TF e parecem adotar distintas estratégias de treinamento. O objetivo do presente estudo foi verificar se existe correlação entre volume de treinamento com a experiência (anos) e entre frequência semanal e volume de treinamento. A amostra foi composta por 1119 mulheres com idade entre 18 a 35 anos e experiência prévia mínima de 6 meses com o TF (1,63 ± 1,25 anos). Através da planilha de treinamento usualmente realizada pelas participantes, foi contabilizado o volume total semanal (número de exercícios por sessão x número de séries por exercício x frequência semanal por grupo muscular). Foram analisados os grupos musculares quadríceps, isquiotibiais, adutores, glúteo médio, glúteo máximo, tríceps sural e tibial anterior. Foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman, a fim de verificar a relação entre as variáveis experiência de treinamento e frequência semanal com o volume de treinamento entre os grupos musculares, a significância foi adotada p < 0,05. Foram adotados os seguintes critérios (p): < 0,1 trivial; > 0,1 a 0,3 muito fraca; > 0,3 a 0,5 fraca; > 0,5 a 0,7 moderado; > 0,7 a 0,9 forte e > 0,9 muito forte. Foi observada uma correlação positiva e significante para as duas análises (p<0,01; correlação moderada entre experiência e volume de treinamento - p= 0,56; IC95% = 0,50 a 0,59 e correlação forte entre frequência semanal e volume de treinamento - p= 0,73; IC95% = 0,69 a 0,75). Conclui-se que, a experiência e a frequência semanal de treinamento se correlacionam positivamente com o volume de séries adotado para membros inferiores em mulheres treinadas em força.