Fadiga e Sintomas de Transtornos Alimentares em Bailarinos Profissionais
Por Yasmin Cristina Feitosa Rodrigues (Autor), Nycolle Martins Reis (Autor), Melissa de Carvalho Souza Vieira (Autor), Zenite Machado (Autor), Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 19, n 1, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
Objetivou-se realizar uma comparação entre fadiga e transtornos alimentares em bailarinos profissionais do Brasil. Participaram 108 bailarinos (49 mulheres e 59 homens), de Ballet Clássico ou Dança Contemporânea (28,6±7,7 anos), de companhias de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Utilizaram-se instrumentos validados (Teste de Atitudes Alimentares; Bulimic Inventory Test Edinburgh; Questionário de Fadiga de oshitake; Informações gerais). Notou-se que 16% dos bailarinos possuem sintomas de transtornos de anorexia; 25% na escala sintomática de bulimia e 30% na escala de gravidade da bulimia. Identificou-se dados significativos na comparação das escalas da bulimia nervosa com os domínios da fadiga; na escala sintomática com domínio sonolência e falta de atenção no trabalho (p=0,015), na escala de gravidade com domínio projeções da fadiga ao corpo (p=0,014), e em ambas as escalas no domínio dificuldade de concentração e atenção (p=0,003 e p=0,047) e no escore de fadiga geral (p=0,016). Bailarinos com maiores escores para dificuldade de concentração e atenção possuem 1,558 (IC95%=1,113–2,179) vezes mais chances de apresentarem sintomas e bulimia. Conclui-se neste estudo, que há relação entre fadiga e sintomas de bulimia nervosa.