Resumo

Os comportamentos de risco são àqueles que estão associados à aquisição de diferentes doenças crônicas não transmissíveis, sendo eles: o não uso de preservativos, tabagismo, alcoolismo, inatividade física, comportamentos alimentares não saudáveis e envolvimento com violência. A adolescência tem se mostrado como a fase de maior aderência a esses comportamentos. Assim, o objetivo desse estudo foi verificar a prevalência dos comportamentos de risco relacionados à saúde e fatores associados em escolares do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio da cidade de Morro Redondo/RS, extremo sul do Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico com delineamento transversal. Foi aplicado um questionário auto relatado com os escolares, o qual foi composto por questões referente a variáveis demográficas, socioeconômicas, nutricional e os desfechos, comportamentos de risco relacionados à saúde. A análise para verificar a associação entre as variáveis independentes e desfechos foi conduzida através de teste de comparação de médias (teste T e ANOVA ou seu equivalente não paramétrico) para desfechos contínuos e testes de diferença de proporção (Qui-quadrado e Tendência Linear) para desfechos categorizados. Do total de estudantes avaliados, 61,90% eram inativos; 22,22% dos estudantes afirmaram ter consumido álcool nos últimos 30 dias; 1,59% foram considerados tabagistas; 68,25% afirmaram não terem comido legumes, vegetais e frutas pelo menos cinco vezes durante a semana; 7,94% dos estudantes se envolveram em brigas nos últimos 12 meses; e 9,52% dos estudantes falaram que já haviam realizado relação sexual sem uso de preservativo. Houve uma tendência em forma de U de inatividade física em relação a série frequentada pelos alunos, bem como o consumo inadequado de frutas e verduras foi maior entre o sexo masculino quando comparado a seu par. Além disso, 57,14% dos estudantes apresentaram dois ou mais comportamentos de risco à saúde. Os achados servem de subsídio aos gestores de educação e saúde para a elaboração e implementação de intervenções efetivas, em especial, durante esse período de pandemia.

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