Resumo

O presente estudo teve como objetivo descrever os fatores associados ao nível de atividade física de pais e filhos adolescentes de ambos os sexos e de alto nível socioeconômico residentes em São Bernardo do Campo. Participaram dessa investigação 186 pessoas, sendo 93 adolescentes de 13 a 17 anos estudantes de um colégio particular em São Bernardo do Campo/SP e seus respectivos pais e/ou responsáveis, de alto índice socioeconômico. Foi aplicado um questionário com perguntas relacionadas ao comportamento perante a atividade física para os adolescentes e seus pais. O nível de atividade física foi mensurado pelo questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ versão curta 8). Foram classificados ativos os adolescentes que realizavam mais de 300 minutos de atividade física por semana, e para os adultos 150 minutos de atividades semanais ativas. A presente dissertação foi dividida em 4 análises, sendo seu objetivo especifico. A primeira analise foi descrever os fatores associados ao comportamento, em relação ao nível de atividade física de adolescentes de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico. A segunda foi descrever as barreiras para a prática de atividade física. A terceira descrever as percepções sobre a aula de Educação Física e a quarta descrever os fatores associados ao comportamento, em relação ao nível de atividade física de adolescentes e seus respectivos pais ou responsáveis. Os resultados indicam que 50,5% da amostra de adolescente é ativa, porém houve diferença entre os sexos, onde os meninos, 56,52% eram ativos, e entre as meninas, 44,7%. Todos os alunos possuíam acesso à internet, porém 92% das meninas inativas utilizam o tablet para pesquisar na internet e apenas 14% das ativas o utilizam. Sobre as atividades realizadas durante a semana, independentemente ao nível de atividade física, os meninos praticam mais esporte e as meninas mais a academia. As meninas inativas apresentam mais barreiras do que qualquer outro grupo. Adicionalmente 67% das meninas ativas não gostam de realizar esporte com os pais e apenas 5% não gostam de fazer com a mãe, porém, 61% não realiza esta atividade. Para os inativos, a preguiça é a barreira mais citada para não praticar atividade física. A maioria dos adolescentes se sente estimulados pelos seus professores de Educação Física e mais de 92% gostam de realizar EF. Sobre os comportamentos de pais e filhos, há uma associação direta entre a prática de atividades físicas organizadas dos filhos e o nível de atividades físicas dos pais. Já para os inativos, percebemos um hábito alimentar mais parecido de pais e filhos.

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