Fatores Demográficos e Sócioeconômicos Associados à Atividade Física Insuficiente em Adolescentes do Estado de São Paulo, Brasil

Introdução: estudos que quantificam a prevalência de atividade física insuficiente e os fatores associados são importantes na organização de programas de intervenção com foco no aumento do nível de atividade física diária e redução de comorbidades em adolescentes. Objetivo: descrever os fatores demográficos e socioeconômicos associados à atividade física insuficiente em adolescentes do Estado de São Paulo. Métodos: estudo epidemiológico transversal de base escolar com 4.132 adolescentes de ambos os sexos residentes em onze municípios do Estado de São Paulo. Informações sobre os fatores demográficos e socioeconômicos dos adolescentes foram coletadas por meio de questionário pelo método de autopreenchimento. A atividade física foi mensurada utilizando do IPAQ versão curta. Foram considerados adolescentes fisicamente inativos quando acumularam menos de 300 minutos semanais em atividade física. Análise Estatística: o modelo de regressão logística hierarquizada em três níveis, para identificar os fatores associadas à inatividade física. Resultados: a prevalência de atividade física insuficiente em adolescentes do Estado de São Paulo foi 48,5% (IC95%: 45,0-52,0%), sendo significativamente maior em meninas (53,2%) em comparação aos meninos (43,8%). A análise multivariada demonstrou que as variáveis associadas significativamente à atividade física insuficiente foram: sexo feminino (OR: 1.56 [IC95%: 1.37-1.84)], faixa etária entre 16-17 anos (OR: 1.40 [IC95%: 1.16-1.169]) e ao nível sócio econômico B (OR: 1.88 [IC95%: 1.48-2.40]). Por outro lado, residir em zona rural (OR: 0.76 [IC95%: 0.64-0.93] p<0,001) e fazer uso da bicicleta para deslocamentos (OR: 0.70 [IC95%: 0.53-0.82] p<0,003) foram fatores de proteção em relação à atividade física insuficiente quando comparado aos adolescentes que residiam em zona urbana. Conclusão: a atividade física insuficiente em adolescentes do Estado de São Paulo esteve associada a fatores demográficos e socioeconômicos sendo esses fatores moduladores do comportamento inativo em adolescentes.

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