Resumo

O futebol é conhecido no domínio público como uma manifestação cultural, fazendo parte de um processo de identificação construído por diferentes agentes sociais em relações de interdependências, porém com a economia globalizada, o futebol não representa somente um fenômeno sociocultural, mas, também, um mercado milionário. Dentro deste contexto o Brasil, que é referência de qualidade de jogadores(as), passa longe de ser exemplo quando o quesito é organização e gestão, pois detém uma participação ínfima dentro deste negócio milionário. O presente estudo tem como principal propósito analisar o modelo gerencial aplicado nas categorias de base do futebol pernambucano, especificamente os seguintes clubes localizados na cidade do Recife: Clube Náutico Capibaribe, Sport Club do Recife e Santa Cruz Futebol Clube. A investigação está estruturada em duas etapas: 1. Aspecto descritivo do objeto em estudo, dialogando com a literatura pertinente; 2. A análise dos dados recolhidos através de aplicação de um questionário estruturado aplicado junto aos três gestores do futebol de base dos clubes supracitados. Para a análise dos dados estatísticos oriundos do questionário, utilizamos as frequências absoluta, relativa e média. Os resultados indicam que a maioria dos clubes não tem orçamento financeiro mensal definido, que são poucas as vezes em que há uma integração entre as gestões do futebol de base e do futebol profissional, que não há autonomia de gestão, há inexistência de um documento metodológico de qualidade a ser seguido na formação das bases, que a maioria dos clubes focam em resultados em curto prazo e que, na maioria dos clubes, não existe uma padronização dos processos desde a captação à chegada ao elenco profissional. Destarte, faz-se necessário, por parte dos clubes, a mudança de uma gestão, supostamente, amadora para uma profissionalização da mesma, tornando-a eficaz e buscando melhorar a utilização dos recursos disponíveis.

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