Resumo

A Gestão Esportiva no âmbito do município assume substancial importância
no contexto das mudanças experimentadas pela sociedade em decorrência do
processo de globalização, entre outros (PIRES, 1995). A questão basilar é a
cidadania que ganhou destaque e adquiriu importância no cenário político das
engenharias urbanas de gestão do Estado na esfera local. Objetivo: este estudo
objetivou centralmente a análise das formas de organizações estruturais que
viabilizem o acesso universal da população aos serviços esportivos e de lazer e
sua respectiva efetivação na cidade de Camaragibe-PE. Cidade com 137 mil
habitantes, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE).
Método: o estudo foi realizado a partir da combinação de diversos instrumentos
de pesquisa comuns às pesquisas do tipo quantitativas e qualitativas tais como:
análise documental, entrevistas semi-estruturadas e a aplicação de questionários
junto às comunidades atendidas, no período de 1998-2004. Resultados: as
análises decorrentes dos varias instrumentos, indicam progressivos e
diversificados investimentos no setor esportivo daquela cidade, caracterizado
pelo processo de auto-organização e iniciativa das comunidades e outros setores,
decorrentes do processo de gestão da política de esporte daquela cidade. Os
investimentos foram feitos tanto no do esporte de alto rendimento como nas
expressões culturais e de lazer existentes, ampliando a participação e utilização
pelos munícipes, onde segundo os dados oficiais, apontam para uma participação
direta daquela população em 20%, quando no ano de 1997 o percentual da
população atendida naquela cidade não chegava a 1% da totalidade da população.
Conclusões: o estudo aponta para a constante necessidade de profissionalização
e politização do setor, que articulados ao capital social existente no âmbito
local são os pilares para uma eficiente e eficaz gestão pública local de esporte e
lazer. No entanto, a pesquisa também indica um significativo contingenciamento
dos recursos disponibilizados pelo governo local em 2003, o que desencadeou
uma profunda e aguda crise no setor, reduzindo de forma significativa à
utilização dos serviços de esporte e lazer da população estudada em apenas
5%.

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