Ginástica artística e reflexões sobre gênero: construção de novas identidades no esporte

Por Henrique Nunes da Silva (Autor), Cristiane Texeira Camargo (Autor).

Parte de (Des)encontro de gêneros na ginástica: corpo, educação, formação profissional e esporte . páginas 254 - 284

Resumo

Para alguns autores, tais como Ramos (1982), Oliveira e Nunomura (2012) e outros, a história da ginástica está ligada à atividade humana e à formação da sociedade e, na Pré história, à busca pela sobrevivência de forma utilitária; na Antiguidade, à preparação militar, aos rituais religiosos, à busca pela beleza e à formação do sujeito. Na Idade Média, o uso era a formação do sujeito e o corpo perde espaço, o foco é militar e recreativo. A partir da Idade Moderna, a Ginástica assume seu cunho educacional com maior força, sendo citada por vários pedagogos57 da época e começa a ser sistematizada. Langlade e Langlade (1970), Soares (1994), Oliveira e Nunomura (2012) afirmam que, na Idade Contemporânea, entre o fim do Século XVIII e início do século XIX, juntamente com a Revolução Industrial58, surgem quatro grandes escolas que deram origem ao conceito de Ginástica que conhecemos nos dias atuais, cada uma com características próprias. Os Movimentos ginásticos de cada uma surgem no início do Século XX e as Escolas são: Inglesa, com o foco em jogos, atividades atléticas e esporte; Alemã59 e seu Movimento do Centro; Sueca60 e seu Movimento do Norte e a Francesa e o Movimento do Oeste61. Em geral, todas com o propósito de recuperar e promover a saúde da população62, a formação moral, física, higienista e militar. A 1ª Ligianda63 em Estocolmo, 1939, deu origem ao Movimento que rege a ginástica até os dias de hoje: Influências Recíprocas da Universalização dos Conceitos Ginásticos.