Resumo

O presente trabalho teve como objetivo verificar a interferência do desempenho da mão não-dominante e da utilização equalizada de ambas as mão na "performance" de ginastas destras, em competições escolares de Ginástica Rítmica Desportiva. Os sujeitos foram 64 ginastas escolares na faixa de 11 a 18 anos, representantes de diversos Estados e participantes das provas individuais de corda, arco, maças e fita, nas competições de G.R.D. dos Jogos Escolares Brasileiros, realizados em Brasília, em julho de 1981.Utilizou-se como instrumentos dois tipos de questionários, sendo um destinado às ginastas e outro às treinadoras das ginastas. Além dos questionários, utilizou-se também uma ficha de avaliação específica, destinada aos árbitros, a fim de classificar as ginastas quanto à utilização equalizada de ambas as mãos e levantar o número de elementos de grau de dificuldade apresentado com a mão esquerda, nas provas de arco e de fita.Pelos resultados deste trabalho, não se encontrou a interferência do desempenho da mão não-dominante na "performance" de ginastas destras, considerando-se os resultados obtidos através da soma dos pontos das provas individuais, uma vez que boa parte dos sujeitos não executou os elementos de dificuldade nos exercícios apresentados.As variáveis que efetivamente interferiram na "performance" foram a idade e a região de origem dos sujeitos. O tipo de treinamento realizado também não se constituiu numa variável interferente na "performance".Este trabalho levantou questionamento sobre alguns itens do Código de Pontuação de G.R.D., através da opinião dos sujeitos e de suas treinadoras.Os resultados demonstraram que tanto ginastas quanto treinadoras, concordam com a determinação referente ao uso da mão esquerda para execução de elementos de grau de dificuldade, como quanto à equalização de ambas as mãos no manejo de aparelhos, mas preferem que o Código de Pontuação seja reformulado, dando, à ginasta total liberdade na escolha da mão para a execução de elementos de grau de dificuldade.

Acessar