Resumo

O objetivo do estudo é compreender, sob perspectiva discente, a interferência do marcador gênero nas relações dos/as estudantes de Ensino Médio com a Educação Fí­sica (EF). Trata-se de uma pesquisa descritiva com 94 alunos e 88 alunas de 8 escolas estaduais de São Paulo (Brasil), que levantou informações de gosto, importãncia e participação na disciplina EF, a partir de aplicação de questionário estruturado. Os resultados indicam que meninos atribuem maior importãncia, gostam e participam mais do que as meninas. Contudo, não é possí­vel afirmar que meninas desgostam, não participam e não atribuem importãncia. Em cotejo com a literatura, a participação das alunas na EF, além do fator gosto, está concatenada a obrigação ou via “obediência-subversiva” no ambiente ambí­guo escolar, de discursos explí­citos de igualdade de condições e de práticas implí­citas segregacionistas de gênero; por sua vez, a referida ambiência implí­cita favorece a “colonização” de meninos nas aulas de EF. Concluí­mos que são os docentes (homens e mulheres) que podem problematizar a desigualdade e ajudar a instituir uma EF com equidade de gênero.

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