Resumo

: A governança no âmbito esportivo, com ênfase nas confederações olímpicas brasileiras, tem se consolidado como um tema de crescente relevância no cenário atual. A participação dos atletas nas decisões estratégicas e na gestão das entidades esportivas é fundamental para garantir a representatividade e a legitimidade do sistema, promovendo um ambiente esportivo mais democrático e transparente. Nesse sentido, as comissões de atletas desempenham um papel crucial, atuando como elo entre os atletas e as confederações, e contribuindo para a construção de um ambiente esportivo mais justo e equitativo (Grigaliūnaitė et al., 2018). No entanto, o processo de sucessão dessas comissões ainda carece de maior aprofundamento, tanto na literatura quanto na prática das ações das entidades de administração do desporto brasileira. Ferkins & Shilbury, (2012) destacam a importância da participação dos stakeholders na governança do esporte, argumentando que a inclusão de diferentes vozes e perspectivas, contribui para a tomada de decisões e para o desenvolvimento das organizações esportivas. Partindo desse pressuposto, Leite (2023), aponta que a sucessão das comissões de atletas representa um desafio crucial para garantir a continuidade da representatividade dos atletas e a efetividade de suas ações. Segundo o IBGC (2011), a falta de clareza sobre os mecanismos de transição entre as gestões, a ausência de critérios objetivos para a escolha dos representantes e a dificuldade de garantir a continuidade dos projetos podem comprometer a efetividade dos conselhos, e no esporte, a governança esportiva como um todo. Objetivos: Diante desse cenário, o presente estudo tem como objetivo analisar o processo de sucessão das comissões de atletas nas confederações olímpicas brasileiras, buscando identificar os principais pontos de transição. Objetivo específico: Diagnosticar dentro dos estatutos sociais e regimento interno da comissão de atletas, o indicador de processo eleitoral. Metodologia: