Grupo de Estudos do Lazer: Percurso Histórico e Debate Contemporâneo
Por Celestino Amorim Amoêdo (Autor), Claudio Lucena de Souza (Autor), Luiz Carlos Rocha (Autor), Sandra Regina Rosa Farias (Autor), Wellington Araújo Silva (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de História do Esporte, Lazer e Educação Física CHELEF
Resumo
O lazer desde as sociedades antigas até os dias atuais vem assumindo diferentes concepções que estão orientadas pelos determinantes político, econômico e cultural de cada momento histórico. Atualmente, é crescente o número de pessoas e estudiosos de diferentes áreas do conhecimento que têm buscado o lazer como um instrumento para enfrentar os problemas sociais – seja como uma válvula de escape das dificuldades quotidiana características da sociedade moderna urbano-industrial, seja como uma forma de investigar e entender esta mesma sociedade. Nesse sentido, atento a demanda que começa a se expressar no aumento do número de casas de entretenimento no semi-árido baiano – onde se situa a cidade de Feira de Santana, com mais de 500 mil habitantes – surge o Grupo de Estudos do Lazer (GEL), que se configura como um espaço de discussão, sistematização e troca de experiências, visando aprofundar conhecimentos e apontar alternativas de intervenção profissional no âmbito do lazer. Para tanto, estamos desenvolvendo algumas ações no sentido de materializar o acima exposto através de um projeto de extensão na universidade: Ludiversidade. A idéia deste projeto surge com dois objetivos: instrumento de vivências das discussões travadas no grupo de estudos do lazer e como espaço privilegiado de pesquisa para elucidações de problemas da prática e construções de novas referências para embasamento teórico. É nesse contexto, portanto, que se pretende refletir sobre o lazer e seus impactos na contemporaneidade, avaliando a situação específica do lazer em Feira de Santana – Bahia. Espera-se, dessa forma, contribuir para a superação das visões que vê o lazer enquanto uma mera prática de entretenimento, divertimento e de ocupação do tempo, passando a entendê-lo como uma atividade construtora do ser humano e, portanto, uma prática histórica e social pertencente ao repertório cultural da humanidade, capaz de produzir uma nova cultura por meio da ludicidade, alimentando os desejos e sentidos de liberdade, autonomia, criatividade e prazer.