Resumo

O conceito de razão comunicativa está associado ao nome do pensador alemão Jürgen Habermas. Para ROUANET (1989), encontramos em Habermas os grandes temas da Escola de Frankfurt: a tradição  Iluminista da reflexão voltada para a cultura, a idéia da razão emancipatória; a denúncia do positivismo; e a utopia, sob a forma do modelo comunicativo ideal. Para Habermas, chegou o momento de abandonar o paradigma da relação sujeito-objeto, substituindo-o por outro paradigma, o da relação comunicativa, que parte das interações entre sujeitos, linguisticamente mediatizados, que se dão na comunicação cotidiana. Habermas opõe ao conceito restrito e atrofiado de uma razão limitada apenas ao aspecto cognitivo-instrumental, um conceito mais amplo de razão que inclua também um aspecto normativo e um estético-expressivo. A utopia comunicativa consiste na restauração dessa unidade perdida, na recomposição de uma racionalidade desmembrada em momentos autárquicos, desde que Kant tratou os mesmos na Crítica da Razão Pura, na Crítica da Razão Prática e na Crítica do Juízo.