Resumo

O exercício físico é um potente estímulo fisiológico para a secreção de GH, e tanto o exercício aeróbio quanto o exercício de força são capazes de aumentar a sua secreção. Entretanto, a idade, o sexo, o nível de aptidão física e o percentual de gordura são fatores que interferem na secreção de GH em resposta ao exercício. Existe uma relação linear entre intensidade do exercício aeróbio e magnitude de aumento do GH. Em relação ao exercício de força, é importante se controlar o tempo de intervalo entre as séries, a carga e a frequencia da sessão de treino para que ocorra aumento de GH. O eixo GH/IGF-1 exerce efeitos metabólicos a curto e a longo prazo que são importantes durante e após o exercício, como por exemplo a regulação do metabolismo de substratos, favorecendo a mobilização de ácidos graxos livres do tecido adiposo para a geração de energia, aumentando a oxidação da gordura e o gasto energético. O exercício regular também pode aumentar a taxa de secreção de GH durante 24h, contribuindo para as adaptações ao treinamento. Os efeitos da reposição de GH em pessoas que apresentam deficiência deste hormônio mostram diversos efeitos relacionados a melhora da composição corporal e capacidade física, porém nem sempre esses efeitos podem ser vistos em sujeitos saudáveis e muito menos traduzidos em performance física. Mesmo assim, o abuso de GH no meio esportivo profissional e por entusiastas da atividade física não é algo incomum. Sendo assim, esta revisão pretende mostrar: 1) as evidências sobre a influência do exercício físico aeróbio e de força, tanto agudo quanto crônico, na secreção de GH; 2) descrever os mecanismos que regulam a secreção fisiológica de GH e que podem influenciar na resposta da secreção do GH ao exercício; 3) abordar os efeitos do GH no metabolismo em repouso e durante o exercício e 4) entender os motivos que justificam seu uso e abuso por atletas e entusiastas da atividade física.

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