Identificando os Simbolismos Ocultos nas Alegorias Animais dos Corpos Que Dançam em Cadeira de Rodas
Por Maria Auxiliadora Terra Cunha (Autor), Vera Lucia de Menezes Costa (Autor), Maria Regina de Menezes Costa (Autor).
Em XVII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e IV Conice - CONBRACE
Resumo
Pesquisa qualitativa com entrevistas semi-estruturadas, Análise dos Discursos, associações livres de idéias e prova projetiva das Alegorias Animais, realizadas com vinte cadeirantes, objetivando escolher um animal que representasse sua dança. Nosso desafio foi identificar através dessas alegorias animais, sonhos projetivos, cenário, discursos, descobrindo e aprimorando novos vôos e manifestações culturais, modificando o significado social desta cadeira. Precisamos re-pensar dança, compreendendo como corpo interpreta sentidos sócio-histórico-cultural, indo além dos discursos sobre corpo pensado na dança e da dança. Dançar para eles é aventura, vida no movimento. Corpo fazendo da cadeira de rodas um instrumento, transporte para movimento, arte coreográfica. Pela prática, esses corpos, parcialmente imobilizados, deixam falar sentimentos, emoções, espírito. Vivem temporariamente, pela utopia, o seu duplo, o momento de metamorfose, ruptura, suas danças e alegorias animais, que dão sentido de vivificação a esses corpos, no substrato estético da re-significação dos olhares. Assim, deixam emergir seus pássaros, águias, condores, pavões, leões, panteras, leopardos, cavalos, cães, gatos. Recriam cada movimento, imprimindo-os com novos matizes, alcançando dimensões imaginárias e humanização na natureza, onde rodas, movimento, aventura de dançar fazem com que esqueçam preconceitos, valores sociais, exclusão, identidade dançante e se preparem para o próximo vôo...