Imagem Corporal e Indicadores Antropométricos em Adolescentes Vivendo com Hiv
Por Luiz Rodrigo Augustemak de Lima (Autor), Davi Monteiro Teixeira (Autor), Priscila Custódio Martins (Autor), Cilene Rebolho Martins (Autor), Andreia Pelegrini (Autor), Édio Luiz Petroski (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 1, 2018. Da página 1 a 10
Resumo
Objetivou-se comparar a imagem corporal e os indicadores antropométricos entre adolescentes vivendo com HIV e sem o diagnóstico da infecção (grupo controle). Além disso, foram testadas associações entre variáveis antropométricas, infecção / tratamento, maturação sexual e sociodemográficas com a imagem corporal em adolescentes vivendo com HIV. Participaram 111 adolescentes com idade de 10 a 15 anos, divididos em adolescentes que vivem com HIV (n = 57) e controles (n = 54). A imagem corporal foi investigada a partir da escala de oito silhuetas corporais. As medidas antropométricas realizadas foram massa corporal, estatura, perímetros e dobras cutâneas. Foi encontrado que 54,4% dos adolescentes que vivem com o HIV estavam insatisfeitos com a imagem corporal, sendo que 38,6% indicaram insatisfação por magreza. Por outro lado, adolescentes do grupo controle demonstraram insatisfação com a imagem corporal por excesso de peso (40,74%). Não foi encontrada diferença entre o grupo HIV e controle para os indicadores antropométricos analisados. O sexo (β = -0,52), a idade (β = 0,18), a massa corporal (β = 0,07), o índice de massa corporal (β = -0,19) e a área muscular do braço (β = -0,08) explicaram 42% da variação do escore de imagem corporal em adolescentes que vivem com HIV. A insatisfação com a imagem corporal no grupo HIV é apontada pela magreza e no controle pelo excesso de peso. Quase metade da variação da imagem corporal dos adolescentes que vivem com HIV foi explicada pelas variáveis demográficas e antropométricas.